As tecnologias da comunicação e informação na educação auxiliam na revolução do ensino potencializando o processo de construção do conhecimento. Por meio da inclusão da informática, computadores, da internet e uso dos dispositivos móveis de telefonia celular, as instituições escolares estão iniciando aos poucos com a transformação digital dento das salas de aula.
As chamadas gerações Z e a nova geração Alpha estão amplamente conectadas com o uso da tecnologia: são considerados os nativos digitais. Elas estão completamente familiarizadas e integradas com as mudanças tecnológicas, e gerenciam suas vidas digitais com um simples toque através de aplicativos móveis.
A utilização de plataformas digitais auxilia e facilita a incorporação das ferramentas de ensino on-line. “O AVA (ambiente virtual de aprendizagem), é uma ferramenta tecnológica utilizada como sala virtual, possibilitando a realização de atividades de ensino-aprendizagem on-line”. (Costa, 2015).
No mercado existem diversos sistemas de gerenciamento que oferecem inúmeras salas virtuais aplicadas à educação. Cabe à gestão escolar em conjunto com sua equipe de professores definir a mais adequada para cada escola a partir do conhecimento da população estudantil, para oferecer um programa envolvente e adequado para suas necessidades.
As ferramentas tecnológicas vieram para revolucionar o mundo em todos seus quesitos, inúmeras transformações, avanços nas áreas ciências sociais, medicina, administração, e todas as profissões se beneficiaram com a explosão de recursos oferecidos com a informatização e globalização mundial.
Com relação a educação esse novo processo auxiliou promovendo a aprendizagem mediada com o uso das tecnologias, podendo ser acessadas por meio de um dispositivo móvel pelos estudantes em qualquer lugar e horário que estiverem disponíveis.
Tecnologias emergentes são todos os recursos tecnológicos digitais que podem auxiliar as instituições de ensino a melhorarem seu desempenho, tanto na gestão educacional quanto no processo de ensino-aprendizagem. Essas tecnologias incluem blogs, vlogs, podcasts, wikis e multimídias de todos os tipos, e facilitam aos estudantes o acesso a novos conhecimentos de sua própria casa ou de qualquer outro lugar (Costa, 2018, p. 5).
Para auxiliar no contexto educacional empregando a tecnologia dentro das salas de aula podem ser utilizados alguns dispositivos que facilitam e aproximam o docente do aluno.
Os AVAs oferecem uma variedade de recursos dentro de suas plataformas, entre eles chats, fóruns, permitem a realização de encontros síncronos e assíncronos, postagem de materiais, conteúdo das disciplinas, ebooks, acompanhamento de desempenho e frequência na realização das atividades propostas, e rompem as barreiras entre professores e alunos, favorecendo o conhecimento.
No ambiente colaborativo a relação tutor-aluno deixa de ser individual na sua normalidade: os assuntos, uma vez discutidos em presença virtual e assíncrona do grupo, são aprendidos não somente pela questão do professor, mas também através das dúvidas e resposta dos colegas (Cabeda, 2005, p. 3).
O e-learning transformou a educação no mundo. Conseguiu chegar a lugares remotos e distantes com o avanço da internet, unindo geograficamente pessoas dispersas em qualquer parte do mundo. Proporcionou para muitas pessoas sem condições de se deslocar para grandes centros, com dificuldade de conciliar o trabalho com estudo, deslocamentos para prédios físicos, pudessem ter acesso a um curso de graduação, pós-graduação, incluindo mestrados e doutorados, assistindo ou visualizando os conteúdos conforme sua disponibilidade de tempo, sem estar atrelados a um horário específico.
A educação tem o poder de mudar o mundo. É com ela que formamos seres pensantes com ideais e pensamentos próprios, não meramente replicadores de conceitos. Investir no ensino é fundamental para construir uma sociedade com maior capacidade de resolução de problemas, que ultrapassa as barreiras e promove a construção da coletividade de forma igualitária.
Na perspectiva da educação para a inovação este é o grande desafio que se apresenta à escola: desenvolver a mudança profunda das suas práticas e promover a implementação dos processos de inovação no sistema. A mudança desejável para os sistemas de educação e formação compreende assim a alteração das conceções e práticas pedagógicas, nomeadamente na valorização dos processos colaborativos de aprendizagem e construção do conhecimento, dentro do sistema e nas suas periferias, orientado para o desenvolvimento de novas práticas organizadas em rede (Dias & Osório, 2012, p. 4).
Adequar-se a essa nova modalidade de ensino é uma tarefa que não se conseguirá concretizar com um piscar de olhos. É necessário iniciar com atividades que não demandem imensos recursos incialmente, ir acrescentando novas tarefas aos poucos, familiarizando-se com o virtual dentro das salas de aula.
A capacitação dos tutores é um passo primordial nesse processo de implementação, pois muitos dos professores que estão atualmente nas instituições de ensino não têm o completo domínio da tecnologia. Muitas vezes os alunos conseguem dominar muito mais o uso dos novos aplicativos, já que foram introduzidos desde pequenos nesse contexto.om a evolução do ensino-aprendizagem através da incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), é possível incorporar aulas a distância, oferecidas remotamente aos alunos e complementá-las com as presenciais, comumente chamada de blended learning, sendo considerada uma metodologia que utiliza aulas remotas associadas com as ministradas fisicamente dentro da sala de aula, através do uso de alguns recursos para aperfeiçoar o desempenho dos discentes.
Como resultado destas transformações, o modelo de formação, tende a mover-se desde uma concepção presencial (aulas presenciais) à concepção semipresencial e à distância (aulas online), mercês ao avanço da ciência, da técnica e da tecnologia em geral e em particular das Tecnologias de Informação e Comunicação (Souza & Kwexila, 2015, p. 10).
O tutor/professor tem um papel primordial na educação, principalmente na tradicional ministrada dentro da sala de aula, e com a implementação das novas formas de ensino, sendo o responsável e mediador do processo de ensino-aprendizagem, tornando-se um facilitador, proporcionando debates e discussões entre os estudantes.
Inevitavelmente estamos vivenciando um mundo onde a tecnologia está em todas as áreas e profissões. Cabe a todos compreender essa mudança que está ocorrendo de forma gradativa e em grande escala para adequar-nos a essa nova realidade e impulsionarmos a incorporar no nosso cotidiano.
Descrevendo o tema educação propriamente dito, os avanços tecnológicos estão sendo inseridos com certa timidez. Ainda precisamos trilhar um percurso de transformação na mentalidade da comunidade escolar, demonstrando as facilidades, vantagens e desvantagens de usar os recursos que as novas tecnologias da informação e comunicação oferecem.
Para que isso ocorra são necessárias mudanças nas estruturas das escolas, melhorar e facilitar o acesso à internet de forma igualitária e equitativa a toda a população.
Outro ponto vital é como inserir o aluno neste modelo de ensino, cativá-lo, encorajá-lo a estudar através de uma tela de vidro, não perdendo o disciplina e o foco durante a realização das atividades propostas.
As tecnologias emergentes possuem uma grande variedade de recursos disponíveis para serem aplicados nas salas de aulas virtuais, cabe ao docente buscar os artifícios e executar durante a elaboração de seus conteúdos, promovendo através do debate entre os acadêmicos várias discussões de como a tecnologia é utilizada e integrada no processo de aprendizagem.
Para finalizar e instigar o pensamento sobre o assunto abordado, a seguir uma pergunta que pode gerar várias argumentações e ser ponto de partida para novos debates. Como encorajar os alunos no uso das novas tecnologias aplicadas na educação promovendo a formação de pensamento crítico? Comente suas respostas.
Referencias Bibliográficas
Cabeda, M. (2005). O chat-fórum: uma ideia de uso híbrido, síncrono e assíncrono, através de um única ferramenta normalmente assíncrona. Recuperado em 03 de Janeiro de 2022 de http://www.cead.ufop.br/site_antigo/arquivos/texto3.pdf
Costa, D. C. L. (2015). Tecnologias emergentes no Ensino: sala de aula virtual Colaborativa. [e‐book] Flórida: Must University.
Costa, D. C. L. (2018). Blended learning e as tecnologias emergentes. 23º Seminário Internacional de Educação, Tecnologia e Sociedade: Metodologias ativas. v. 7 n. 1, 01-10. Recuperado em 06 de Janeiro de 2022 de http://seer.faccat.br/index.php/redin/article/view/1132
Dias, P. & Osório. A. J. (2012). TIC na educação: Perspectiva de inovação. Centro de Competência da Universidade do Minho. Maio 2012, 4-7. Recuperado em 03 de Janeiro de 2022 de https://www.nonio.uminho.pt/wp-content/uploads/2020/09/perspetivas_de_inovacao.pdf
Sombrio, G., & Ulbricht, V. (2015). Tecnologias emergentes como possibilidades de inovação na educação. Revista Latino-Americana de Inovação e Engenharia de Produção, 3(4), 63-74. Recuperado em 06 de Janeiro de 2022 de doi: http://dx.doi.org/10.5380/relainep.v3i4.43603.
Sousa, J. B. M., & Kwexila, J. L. (2015). Tecnologias emergentes: proposta de acções para a sua implementação no processo docente educativo. Open Journal Systems em Revista: REVISTA DE ENTRENAMIENTO, 2(3), 09-16. Recuperado em 03 de Janeiro de 2022 de http://refcale.uleam.edu.ec/index.php/enrevista/article/view/2215